Guia básico de contabilidade para afiliados
O marketing de afiliados é uma excelente opção para quem quer começar a fazer uma renda extra sem sair de casa. No entanto, ele também demanda alguns conhecimentos estratégicos para garantir que você está em ordem com o seu negócio e que pode usufruir dos benefícios sem se preocupar.
Nesse sentido, saber o básico de contabilidade para afiliados é fundamental. Por isso, a Consultoria Educação preparou um conteúdo completo para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto. Continue lendo para saber mais!
Preciso abrir uma empresa sendo afiliado?
Sim. Embora o marketing de afiliados ainda esteja em crescimento, é fundamental deixar claro que todo afiliado deve ter um negócio próprio para começar. Isso porque, em geral, as empresas que aceitam afiliados exigem a emissão de notas fiscais para cada venda realizada.
Além disso, pode parecer que, sendo pessoa física e emitindo essas notas fiscais sem um CNPJ, você pagará menos impostos, mas isso não é verdade. O que acontece é que esses impostos são cobrados na declaração de Imposto de Renda, em geral com juros. Assim, o montante final pode acabar sendo muito mais alto.
Por fim, a abertura de uma empresa como afiliado também oferece outras vantagens, como:
- Maior credibilidade: ao se apresentar para o seu público como um negócio, e não como uma pessoa física, você passa mais credibilidade e cria uma imagem mais séria e legítima. Assim, eles têm mais confiança na hora de comprar com você.
- Proteção legal: ter uma empresa também é uma forma de se proteger judicialmente, uma vez que cria uma separação entre os seus ativos pessoais e os do negócio.
- Possibilidade de escalar: uma empresa recebe uma série de vantagens na contratação de serviços e produtos, o que facilita o crescimento do seu negócio.
Quais tipos de empresa posso ter como afiliado?
Você já sabe que precisa de uma empresa para atuar como afiliado. Mas você sabia que existe mais de uma opção de negócios, e que cada uma delas exige um tipo de contabilidade diferente? Entenda!
Microempreendedor Individual (MEI)
MEI, ou Microempreendedor Individual, é uma categoria de formalização empresarial destinada a trabalhadores autônomos no Brasil. A figura do MEI foi criada para facilitar a formalização de pequenos negócios, oferecendo benefícios como a emissão de notas fiscais, cobertura previdenciária, e acesso a linhas de crédito especiais.
Para se enquadrar nessa categoria, o empreendedor deve atuar em uma das atividades permitidas pela legislação e cumprir alguns requisitos básicos, incluindo o limite de faturamento anual, que é de R$ 81.000,00.
Esse valor é proporcional ao tempo de atuação no ano-calendário: se o empreendedor se formalizou como MEI em junho, por exemplo, o limite passa a ser proporcional aos meses de atividade no respectivo ano. Caso o faturamento ultrapasse esse limite, o MEI terá de migrar para outra forma jurídica, como o microempresário (ME), ajustando também a forma de tributação e as obrigações empresariais correspondentes.
Micro empresa (ME)
As micro empresas podem ter um faturamento de até 360 mil reais por ano e podem escolher o seu regime tributário, optando entre o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real. Além disso, as MEs também fazem parte da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que oferece alguns benefícios fiscais.
Por fim, as micro empresas também podem ter mais funcionários (até 9, considerando os sócios) e não precisam se adequar a uma atividade específica. No entanto, para se manter em dia com as obrigações tributárias, pode ser necessário contar com um contador ou com uma empresa terceirizada.
Leia também: Pessoa Jurídica (PJ) precisa de contador?
Como organizar meu faturamento sendo afiliado?
Independentemente do tipo de empresa que você tem, é importante seguir algumas dicas para manter a sua contabilidade como afiliado em dia, sobretudo se você não tem apoio de um profissional. Abaixo, você confere 3 dicas essenciais para manter os seus cadernos de contabilidade organizados. Confira!
1. Sempre emita Nota Fiscal
É muito comum que as empresas que aceitam afiliados exijam a emissão de notas fiscais para realizar o pagamento. Afinal, elas também são empresas e, portanto, precisam ter controle de todo o dinheiro que entra ou sai. Mas, mesmo que você se depare com um negócio que não faça essa exigência, faça questão de emitir a nota.
Ela não só é uma garantia fiscal para você, garantindo que você receberá pelo trabalho executado, mas também é uma forma simples de registrar tudo o que você recebeu, e de quem. Especialmente para quem trabalha com diferentes contratantes, essa organização pode fazer toda a diferença até para estimar quanto o afiliado ganha por mês.
2. Registre os seus gastos
Ao prestar serviços de afiliados para outras empresas, pode ser que você tenha gastos adicionais — anúncios, ferramentas específicas, serviços extras etc. Nesse caso, é fundamental também manter o registro de todas as vezes que o dinheiro deixou o caixa da sua empresa.
Dessa maneira, você consegue fazer uma contabilidade mais limpa e entender de fato qual foi o seu lucro com cada ação. Isso também te ajuda a ter noção do seu fluxo de caixa empresarial.
3. Conheça as regras para contratação de terceiros
Por fim, lembre-se de ter em mente quais regras deve seguir na hora de contratar um funcionário. Nem todos os afiliados precisarão de mais pessoas trabalhando com eles, mas, se esse for o seu caso, é preciso ter em mente que o seu tipo de empresa (MEI ou ME) influencia a quantidade de contratações que podem ser feitas e os tributos que devem ser pagos a cada novo funcionário.
Para evitar problemas tributários, portanto, se informe sobre as regras de contratação — ou fale com um profissional.
Agora que você já tirou suas principais dúvidas sobre contabilidade para afiliados, não pare de continuar aprendendo sobre o assunto! Aproveite para saber como fazer a declaração de imposto de renda como PJ.